Fica ali na janela, expira, inspira, baila, sorri, encanta, soluciona... e decepciona.
Com a roupa mais bela e o perfume mais atraente, sai. Os portais, as janelas, os vitrais, a porta, os vasos, as rosas, os olhos, a pele, a unha, o estômago, o piso, o lençol... todos seduzidos, todos encantados.
Senta-se, toma a bebida de sempre, abre o livro de sempre, recebe o pedido de sempre.
Caminha pelas ruas arborizadas, seduz mais algumas pessoas pelo caminho e segue firme, imponente.
Deita-se sobre o corpo, examina cada detalhe, inala todos os perfumes expelidos por aquela pele macia e forte, acaricia todos os membros.
Os dois mantêm a respiração ofegante, ofegante, ofegante.
Adentra, sai, adentra, sai, adentra e se instala no lugar desejado.
Lençóis brancos, toalhas brancas, janelas brancas, cama branca, roupas brancas...
Lá está no mesmo lugar, atendendo ao pedido de sempre, tomando a bebida de sempre, corroendo o prazer de sempre, fazendo todos se curvarem como sempre.
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