domingo, 20 de julho de 2014

Um outro gozo? Para quê?

Todos certos do espaço ocupado
Não há tempo para não saber de qual pedaço se apoderar...
Sim! Há tempo, sim!
O buraco a ser preenchido pelo corpo dentro da máquina já foi programado...
aquele de sempre...
aquele que mantém um gole de cada vez
em doses lentas, mantendo um gozo eterno

Círculos intermináveis, minando o medo através de águas salgadas
presas e soltas na íris...
também lá... lá no espaço pavoroso
Arrancar, abrir
pisar o vidro, estancar o sangue
beber de outra garrafa, outro líquido, o mesmo líquido condensado
Condenado
Absolvido!

Absolvição
Pavor
Quero entrar ali...
Entre!
Pavor...
Não entre!
Pavor...

Um outro gozo autonegado...


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