Um olhar, fotografando o intestino, as veias, a mucosa mais voluptuosa, finco labial. Suspiro arfante.
Descarga.
Uma parede apenas os separa. Não há paredes... a água despenca, cai plena, serena.
Descarga.
A chave balança, traz o pêndulo. A porta ao lado se abre. Nenhum barulho de água. Uma tosse.
A janela do ônibus sacoleja indistintamente seus membros, suas dores e sua cura. Dor? A cura chegara em forma de um espancamento coronário.
Telefone! Mãos saltitantes, unhas impecavelmente trêmulas. Não é! Nunca é! Sempre é!
Amanhã será... será nas formas torneadas de um aposento sem aposento. De um ser sem sê-lo.
Almofadas com cheiro da saliva dele, uma cama cúmplice, um cheiro de... de... de... um tom inexplicável.
Um quadro, um poema.
Escadas, subida, o deleite, o som do despencar da água, da perpetuação.
Mesmo ritmo, mesmo enlouquecer. O ritmo segue a mesma nota ali... ali em outros cabelos, outra boca, outro ombro, outras mãos.
Não... é aqui que o ritmo segue numa similaridade descompassante, fervorosa.
Um pouco de água... lucidez alucinante retomada. O olhar, a cura, o vício.
A fumaça da cama. O som da roseira. Olhar de súplica. O fígado fazendo o coração bombardear as paredes com cores, cores e cores. Um sorriso delgado.
A fumaça da cama. O som da roseira. Olhar de súplica. O fígado fazendo o coração bombardear as paredes com cores, cores e cores. Um sorriso delgado.
Morros que abraçam outro cenário, outro corpo.
Este corpo, este corpo. O abraço é aqui! Sempre aqui! Mesmo que seja lá...